terça-feira, 1 de dezembro de 2015

É amanhã!




Por Marcio Souza

É amanhã!! E não será nas Casas Bahia, mas sim na Allianz Parque, estádio do Palmeiras, o segundo e decisivo jogo da final da Copa do Brasil 2015, entre os donos da casa e o Santos.

No primeiro jogo, na Vila Belmiro, vantagem para o peixe (1x0), em um roteiro digno de final de campeonato e rivalidade a flor da pele. Expulsão, árbitro passando mal e consequentemente sendo substituído, pênalti assinalado para o santos e desperdiçado por Gabigol, penal não marcado para o Palmeiras e muita reclamação do lado verde, sem falar nas trocas de farpas após o fim do jogo.

Amanhã não vai ser diferente, numa semana de toma lá da cá entre as duas equipes, um tempero a mais foi adicionado, trata-se de um possível pôster do Santos proclamado como campeão da competição, é óbvio que não caiu bem pro lado do palestra Itália. Porém, o técnico do time da capital diminuiu o fato e tentou esfriar a polêmica. "A gente não se utiliza disso, vamos tentar ganhar na competência e na entrega dos jogadores".

Confrontos entre Palmeiras e Santos em 2015

Santos 2x1 Palmeiras (9ª rodada Campeonato Paulista)
Palmeiras 1x0 Santos (Jogo de ida da final do Campeonato Paulista)
Santos 2 (4)x(2) 1 Palmeiras (Jogo de volta final do Campeonato Paulista)
Palmeiras 1x0 Santos (14ª rodada do Campeonato Brasileiro)
Santos 2x1 Palmeiras (33ª rodada do Campeonato Brasileiro)
Santos 1x0 Palmeiras (Jogo de ida da final da Copa do Brasil)

É visto que ingredientes não vão faltar e é certeza assistirmos um bom jogo na próxima quarta-feira. Resta saber quem será o primeiro capitão a erguer uma taça no novo estádio do verdão. Será Zé Roberto, levantando o terceiro título do Palmeiras na competição nacional, ou Ricardo Oliveira, se deleitando com o bi-campeonato do Santos?

Façam suas apostas!

Foto e dados do confronto: Site espn.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Neymar na fita

Os três finalistas do Fifa Bola de Ouro 2015

Por Marcio Souza

A Fifa divulgou hoje, 30, os três finalistas do prêmio Bola de Ouro 2015. A presença de Messi
e Cristiano Ronaldo não é mais surpresa pra ninguém, pois polarizam a disputa desde 2008. Neymar é a novidade deste ano no certame.

É claro que Messi e Cristiano Ronaldo estão no topo há mais tempo do que o brasileiro, isso pode pesar na balança da eleição, porém, na atual temporada, Neymar está sendo impecável, jogando em alto nível, a meu ver, um pouco acima de seus concorrentes, além de liderar a artilharia do Campeonato Espanhol até o momento, com 14 gols. Em terra de Messi e CR7, isso é um grande feito.

Na companhia de Messi, faz parte do trio de atacantes que encanta o mundo, o trio MSN (Messi, Suárez e Neymar), ganharam tudo que disputaram na temporada passada, o brasileiro foi artilheiro da última Liga dos Campeões da Europa, juntamente com Messi e Cristiano Ronaldo, ambos fizeram 10 gols. Ou seja, cacife para a disputa o garoto tem, resta saber se os votantes vão levar em conta tudo isso.

Foram longos oito anos distante dos três melhores do mundo, o último representante brasileiro foi Kaká, lá em 2007, mesmo assim, o Brasil segue como o país que mais contribuiu com jogadores agraciados com a Bola de Ouro da Fifa, oito títulos no total (três de Ronaldo Fenômeno, dois de Ronaldinho Gaúcho, um de Romário, um de Rivaldo e um de Kaká). Dia 11 de janeiro, o Brasil estará torcendo para Neymar trazer o nono caneco, e com certeza, vai torcer também para o garoto subir mais um degrau e chagar cada vez mais próximo do hall dos monstros do futebol, onde Messi e Cristiano Ronaldo já gravaram seus respectivos nomes.

Boa sorte, Neymar!

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Corinthians enfim, solta o grito de hexacampeão



Por Marcio Souza

O campeão brasileiro 2015 já era conhecido até mesmo por aqueles que não curtem o futebol, era explícito. Mas por questões matemáticas e probalísticas, só ontem, em São Januário,  no empate contra o Vasco (1x1) e com a derrota do Atlético MG para o São Paulo, no Morumbi (4x2), os corintianos puderam soltar o grito que estava engasgado em suas gargantas há exatos 12 dias. Uma eternidade para o “bando de loucos”.

Favorecimento da arbitragem, sorte, macumba, pacto com o diabo... nada disso, foi pura e total competência de um time que se viu desacreditado após eliminação no paulista e posteriormente na libertadores, fato que estremeceu a relação Tite-Diretoria-Torcida, além da perda de nomes até então importantes no elenco, como Sheik e Guerrero, rumores fora de campo em relação a desmanche por conta de dividas e atrasos de salários.

Tudo levava a crer em um ano sem títulos, de reconstrução, de se contentar no máximo com uma vaga na libertadores 2016, por meio do Brasileirão, já que fora eliminado pelo Santos, nas oitavas da Copa do Brasil. Boas perspectivas? Impossível, não.

Entretanto, no meio de tudo isso existe a figura de Tite, aquele que sabe como ninguém se fechar para os bombardeios e descrédito de grande parte da torcida e da mídia, e trazer consigo todo o time, talvez sua maior virtude.

Como em 2011, no pentacampeonato do Corinthians, eliminação no torneio continental, vice-campeonato paulista, perda de medalhões... não foram suficientes para abala-lo, seguiu em frente e mesmo com toda crítica, conseguiu dar um belo presente de fim de ano para a fiel.

Naquele ano a conquista não foi fácil, apenas na última rodada e com uma diferença de dois pontos, 71 a 69, para o vice-líder Vasco. Na temporada atual, o troféu veio com três rodadas de antecedência, 77 pontos, 23 vitórias, oito empates e apenas quatro derrotas, incríveis 12 pontos a frente do segundo colocado, Atlético-MG. O melhor ataque com 64 gols e a defesa menos vazada, 27 tentos no fundo das redes de Cássio. Campanha impecável e que pode se tornar a maior dos pontos-corridos, recorde que ainda pertence ao Cruzeiro, com 80 pontos na temporada passada, bastam duas vitórias restando três rodadas para o termino do campeonato.

Uma frase que publiquei ontem nas redes sociais tem tudo a ver com esse belo momento, mais um, vivido pela equipe e Tite: "O Corinthians descobriu a combinação perfeita. Tite e eliminação precoce na libertadores é igual a título brasileiro no fim do ano" 

Tite possui participação gigantesca no hexa corintiano, mas não podemos esquecer aqueles que carregam o piano dentro de campo, destaque para Cássio, Gil, Renato Augusto, Elias, Jadson, Malcom e o contestado Vagner Love, quem diria.

A fiel sonha com a sequência do roteiro, libertadores e mundial já fazem parte do imaginário do “bando de loucos”, contudo, essa possibilidade é para o ano que vem. É momento de curtir o hexacampeonato, festejar, afinal, existe comemoração melhor do quê em Itaquera e por que não com uma vitória sobre o rival São Paulo? Eu sei que a resposta é sim, o Palmeiras seria o adversário e rival ideal, mas tenho certeza que não será menos saboroso. E mesmo com uma possível derrota para o time do Morumbi e uma eventual “água no chopp corintiano”, a festa vai ser linda, sem sombra de dúvidas. E no mais...

Parabéns, Corinthians!

Foto: Site Espn.



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Marcelo Oliveira: um novo super técnico?

Marcelo Oliveira


Por Marcio Souza


O nosso país possui diversos “super técnicos”, ou seja, aqueles multicampeões, com salários astronômicos e não menos arrogantes. É certo que alguns estão aquém dos seus áureos tempos, como Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho, outros, a mídia impôs esse rótulo, é o caso de Abel Braga e Mano Menezes. Sem contar os semideuses dos técnicos tupiniquins, o pentacampeão Felipão, que foi enxotado dessa categoria, após os 10 x 1 (Alemanha e Holanda), da última copa, o outro semideus é o saudoso Telê Santana.

De 2010 pra cá, felizmente, vimos o surgimento de dois nomes, talvez os melhores dos últimos tempos. Tite, atualmente treinador do Corinthians e que tenho a leve impressão de que será o futuro técnico da Seleção brasileira, e Marcelo Oliveira, que dirige o Palmeiras.

Feito esse breve contexto geral, separei o último nome da lista, Marcelo Oliveira, para fazer uma espécie de linha do tempo do ex- jogador como técnico de futebol, em especial de 2010 a 2015, e responder a pergunta mestra do título deste post: Marcelo Oliveira pode ser considerado um novo super técnico brasileiro? Vejamos.

Até outubro de 2010, Marcelo Oliveira era um técnico desconhecido do grande público, intercalando passagens por times como CRB, Atlético Mineiro, Paraná Club, entre outros. Em novembro do mesmo ano foi contratado pelo Coritiba, a partir daí seu nome ficara um pouco mais conhecido, principalmente após levar o time paranaense a duas finais da Copa do Brasil seguidas, 2011 contra o Vasco e 2012 contra o Palmeiras, onde foi vice-campeão em ambas.

Em setembro de 2012, sua história no coxa branca acaba. Chegou ao Vasco, sua pior fase, passagem rápida e maus resultados.

2013 se inicia. Novo clube, agora no Cruzeiro, além do pé atrás da torcida, por seu passado como jogador do maior rival, Atlético – MG, a contestação continuava por parte da mídia, afinal, quando Marcelo Oliveira vai ganhar um título? A resposta veio no fim do ano, campeão brasileiro de forma esplêndida, sem chance para os adversários. Fato que se repetiu em 2014, ano em que chegou também a final da Copa do Brasil, a terceira de sua carreira como treinador, e como nas tentativas anteriores, foi derrotado, dessa vez com um quê de crueldade, já que o adversário era o galo, seu ex-clube quando jogador e principal rival da raposa.

Depois de anos quase seguidos de finais e glórias, 2015 se apresentava como atípico para a sua recente história. Saiu do time mineiro e foi contratado pelo palmeiras, seu algoz em 2012, naquela final da Copa do Brasil no Couto Pereira. Título esse ano era tido como impossível, mas como costumo dizer: no futebol o impossível é quase sempre liquidado, e eis que Marcelo Chega a mais uma final de Copa do Brasil, a quarta em cinco anos, será que agora o enredo terá final feliz, a sina de vice nessa competição vai ter fim? Será que vão, enfim, colocá-lo no clube dos super técnicos? Caso saia campeão, talvez sim, do contrário, dará combustível para aqueles que teimam em deixa-lo de fora dessa seara. Para eles, como sempre, falta alguma coisa, falta ser campeão da Copa do Brasil, da Libertadores, do Mundial...

Para mim, ele já é um super técnico, pois ser bicampeão brasileiro na era dos pontos corridos e disputar quatro finais de Copa do Brasil em cinco anos não é para qualquer um. E reitero, há nomes nesse clube que não chegam se quer aos pés de Marcelo Oliveira.

Foto: Globoesporte.com


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Os reincidentes

Bonde da Stella



Por Marcio Souza

Como no Flamengo polêmica pouca é bobagem, ainda mais quando eleições se aproximam, a semana em que se comemorou o dia do flamenguista não poderia ser diferente.

Não bastasse a enxurrada de críticas com relação ao futebol apresentado nas últimas sete rodadas, com seis derrotas na bagagem e a possibilidade de G4 mais difícil de acontecer, um grupo de jogadores resolveu mostrar que vivem em um universo paralelo, onde a equipe parece estar brigando pelo título e jogando o fino da bola. Quatro desses atletas possuem passagem na mídia pelo mesmo crime, o de não se importar com o clube, muito menos com os torcedores.

Everton, Pará, Paulinho e Marcelo Cirino são os que parecem viver nesse universo paralelo e que chamo de reincidentes. No começo do Brasileirão, a equipe carioca se via na zona de rebaixamento, um treinador em fim de carreira (Luxemburgo), e um futebol medíocre. Nada como tirar uma foto com cerveja e muita alegria para contrastar com a situação do clube na tabela. Cinco meses depois, o “Bonde da Stella”, como estão denominando o bando, têm a mesma ideia de curtir uma festa, mas agora "sem fotos", inocentes, e escolhem uma data inoportuna mais uma vez, não esperavam que a balada vazaria na imprensa, a diferença é a mudança de um componente, sai Anderson Pico e entra Alan Patrick.

Não quero aqui restringir ou até mesmo surrupiar o direito de ninguém em ir a festas ou promover reuniões regadas à cerveja e mulher, mas que sejam profissionais e façam isso em suas folgas, como nós, reles mortais, não no intervalo entre um treino e outro.

Romário, Ronaldo e Renato Gaúcho faziam isso com maestria, calavam a mídia e as criticas da torcida com gols e bom futebol, vocês não possuem tanto talento assim.


Que nesses dias de afastamento, o “Bonde da Stella”, principalmente os reincidentes, comecem a procurar seus empresários em busca de novos rumos, porque vocês debocharam de quem não devia, da nação rubro-negra. 

Foto: globoesporte.com

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Realidade jogada para baixo do tapete

Por Marcio Souza

Sabe aquela sujeirinha que jogamos embaixo do tapete com a promessa de que no dia seguinte iremos limpar e no fim acabamos esquecendo?

Pois bem, a CBF fez isso em 23 de novembro de 2012, quando demitiu Mano Menezes e usou desse artifício para esconder a má gestão do nosso futebol e os interesses particulares, onde só os que detêm o poder da confederação ganham. Não nos demos conta de tal sujeira pelo fato da seleção brasileira não participar das eliminatórias para a copa de 2014, por ser país sede. Mas, em oito de julho de 2014, a diarista conhecida por Alemanha puxou o tapete a primeira vez e ai veio à tona toda a porcaria, até então “desconhecida” por grande parte da população. A pior derrota para o futebol brasileiro em pouco mais de 100 anos de história, Barbosa enfim, descansou em paz.

Dunga foi convocado como uma espécie de vassoura de ”última geração”, que acabaria, daria fim a toda imundície descoberta pela digníssima diarista e traria de volta a arrumação ao futebol verde amarelo, ledo engano. O tapete foi mais uma vez a válvula de escape encontrada pelos cartolas da Confederação Brasileira de Futebol, entretanto, um zelador de renome apareceu e novamente puxou o tapete do nosso futebol, o nome dele é pequeno, mas possui um poder gigantesco. O FBI conseguiu limpar da sede da CBF no Rio de Janeiro, uma das maiores sujeiras que já existiu por ali, Jose Maria Marin. Seu sucessor, Marco Polo Del Nero, que se exauriu das reuniões da Fifa e da Conmebol por medo de seguir os passos de seu líder, continua usando o famigerado tapete para esconder a safadeza existente no prédio localizado na Barra da Tijuca.

O Paraguai apareceu em junho deste ano, eliminando o Brasil da Copa América nas oitavas de Final, expondo mais uma vez a sujidade existente embaixo do tapete do ex melhor futebol do mundo. O Chile foi o diarista da vez, ontem na estreia da nossa seleção pelas eliminatórias da copa da Rússia, em 2018, derrota por 2x0, e a pergunta que fica é: quantos mais vão ser preciso para que nossos cartolas caiam em si e entendam que não somos mais os melhores, que paramos no tempo, que na melhor das hipóteses somos a terceira ou quarta melhor seleção das Américas?

Acredito que nos classificamos. Estamos passando por momentos difíceis, 7x1 até aguentamos, mas ficar fora de uma copa acho demais para nós brasileiros, não merecemos esse castigo. 


É preciso se desfazer das vassouras e dos tapetes, usar uma lavadora de alta pressão para limpar de verdade toda a porcaria entranhada de anos. Com isso, poder organizar o nosso futebol, a maior paixão do nosso povo e que nos dava tanto orgulho.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Vidas Salvar

Por D.W. Almeida

Aos seus pés chorava Maria
Sentindo o tempo passar
E que mãe não choraria
Ao ver seu filho pregado no ar?
O que outrora havia sido anunciado
Nem de longe era o que se pensava
Ele disse que seria traído
Mais depois de três dias ressuscitava.
Suas palavras foram cumpridas
Mais macabras do que se esperava
Com chicote cortaram seu corpo.
O sangue derramando
Marcava seu caminho
Enquanto andava sozinho
Com a cruz que carregava.
Alguns ainda lhe questionavam
E duvidavam de suas palavras
E diziam:
“Como irá salvar a muitos”
Se não pode nem salvar-se.
Ao horizonte o sol descia
E o céu se cobria de pranto
Vendo o espírito que desaparecia
Daquele corpo sofredor.
Os olhos de Maria
Cheios como o mar
Viam um corpo sendo perfurado
E no lugar de sangue
Apenas pó a flutuar.
Pois Jesus veio a terra
Entregou-se em seu lugar
Voltou para o lado de Deus
E está a observar
A humanidade por quem tanto lutou,
Sofreu, ajudou

Buscando em seu nome,  vidas salvar.