sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Realidade jogada para baixo do tapete

Por Marcio Souza

Sabe aquela sujeirinha que jogamos embaixo do tapete com a promessa de que no dia seguinte iremos limpar e no fim acabamos esquecendo?

Pois bem, a CBF fez isso em 23 de novembro de 2012, quando demitiu Mano Menezes e usou desse artifício para esconder a má gestão do nosso futebol e os interesses particulares, onde só os que detêm o poder da confederação ganham. Não nos demos conta de tal sujeira pelo fato da seleção brasileira não participar das eliminatórias para a copa de 2014, por ser país sede. Mas, em oito de julho de 2014, a diarista conhecida por Alemanha puxou o tapete a primeira vez e ai veio à tona toda a porcaria, até então “desconhecida” por grande parte da população. A pior derrota para o futebol brasileiro em pouco mais de 100 anos de história, Barbosa enfim, descansou em paz.

Dunga foi convocado como uma espécie de vassoura de ”última geração”, que acabaria, daria fim a toda imundície descoberta pela digníssima diarista e traria de volta a arrumação ao futebol verde amarelo, ledo engano. O tapete foi mais uma vez a válvula de escape encontrada pelos cartolas da Confederação Brasileira de Futebol, entretanto, um zelador de renome apareceu e novamente puxou o tapete do nosso futebol, o nome dele é pequeno, mas possui um poder gigantesco. O FBI conseguiu limpar da sede da CBF no Rio de Janeiro, uma das maiores sujeiras que já existiu por ali, Jose Maria Marin. Seu sucessor, Marco Polo Del Nero, que se exauriu das reuniões da Fifa e da Conmebol por medo de seguir os passos de seu líder, continua usando o famigerado tapete para esconder a safadeza existente no prédio localizado na Barra da Tijuca.

O Paraguai apareceu em junho deste ano, eliminando o Brasil da Copa América nas oitavas de Final, expondo mais uma vez a sujidade existente embaixo do tapete do ex melhor futebol do mundo. O Chile foi o diarista da vez, ontem na estreia da nossa seleção pelas eliminatórias da copa da Rússia, em 2018, derrota por 2x0, e a pergunta que fica é: quantos mais vão ser preciso para que nossos cartolas caiam em si e entendam que não somos mais os melhores, que paramos no tempo, que na melhor das hipóteses somos a terceira ou quarta melhor seleção das Américas?

Acredito que nos classificamos. Estamos passando por momentos difíceis, 7x1 até aguentamos, mas ficar fora de uma copa acho demais para nós brasileiros, não merecemos esse castigo. 


É preciso se desfazer das vassouras e dos tapetes, usar uma lavadora de alta pressão para limpar de verdade toda a porcaria entranhada de anos. Com isso, poder organizar o nosso futebol, a maior paixão do nosso povo e que nos dava tanto orgulho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário