quarta-feira, 15 de abril de 2015

FALA PERCIVAL

O meu olhar de hoje vai para o livro Narcoditadura: Um dos maiores casos do jornalismo investigativo sobre o crime organizado, de autoria do jornalista Percival de Souza.

Percival de Souza nasceu em Braúna (SP) e é um dos maiores e mais reconhecidos jornalista brasileiros, tendo se especializado em assuntos criminais e de segurança pública. Trabalhou em importantes jornais do país, incluindo o extinto Jornal da Tarde, do qual foi um dos fundadores. Escritor com quase 20 livros publicados, e ganhador de quatro prêmios Esso de Jornalismo, escreveu Eu, Cabo Anselmo e Autópsia do medo, dentre outros de igual sucesso e importância. Atualmente é um dos apresentadores da Rede Record de TV.
O livro Narcoditadura: Um dos maiores casos do jornalismo investigativo sobre o crime organizado é um relato das circunstâncias da morte do Jornalista investigativo, Tim Lopes, bem como um panorama do crime organizado no Brasil, na época do assassinato.
Com uma narrativa bem elaborada, onde se percebe um extenso processo investigativo e documental, Percival, nos apresenta de maneira séria, às vezes poética, a importância do Jornalismo Investigativo, para manter, não somente a população, mas também as autoridades informadas do que acontece no submundo do crime que, infelizmente, é mais organizado do que muitos órgãos do governo.
“Paz e bem, inesquecível Arcanjo, vida e morte gravadas nos dias e noites dos tempos, do sol à lua, na nossa mente, no nosso coração, nas nossas homenagens, na forma mais dolorosa que poderia existir para se aprender a trabalhar numa matéria dessas. Não nos esqueceremos de você, que já é pedaço da nossa história.” – Percival de Souza






quarta-feira, 8 de abril de 2015

O AMOR POR PRINCÍPIO



Ontem, ao chegar em casa, uma situação me incomodou. Vi várias crianças, tarde da noite, andando pela rua e conversando sobre coisas que eu nem ao menos sonhava em saber, quando tinha a idade delas (não que eu me lembre). Tal situação me fez refletir sobre algumas questões: Quando foi que nossas crianças deixaram de ser crianças? Quando foi que elas passaram a brincar de ser adultos com tanta veracidade? O que fazem os pais dessas crianças enquanto elas estão na rua, vivendo em bandos, quase que em gangues?
Me lembro bem que quando eu era criança o toque de recolher da minha mãe era fiel e severo, ai de mim se, mesmo respeitando, chorasse no momento de voltar para casa. Brincadeiras na rua tinham um limite de distância, que não ultrapassava 100 metros da minha casa. Ir à escola sozinho foi algo que só chegou à minha vida aos 11 anos. Sempre fui fiel aos estudos e não desapontava meus familiares nesta área. Mas, mesmo assim, minha mãe era irrepreensível em sua forma de educar e corrigir, pois sempre acreditou que o caráter é uma característica respeitável e transformadora da sociedade.
Em nossa bandeira está estampada a frase “Ordem e Progresso”, porém, ordem é uma coisa que a cada dia fica mais escassa. E o progresso então, melhor nem citar.
O que poucos sabem é que o lema nacional da República Federativa do Brasil é a forma abreviada do lema de autoria do positivista francês Augusto Comte: "O Amor por princípio, a Ordem por base e o Progresso por fim".
As chuteiras onde o amor foi amarrado, como dizia uma canção recém-cantada por toda a nação, durante um lance no vazio, foram lançadas na lama e com elas foi-se embora aquele que deveria estar dentro do nosso coração: o amor.
Por que esqueceram justamente do principal, do essencial, do primordial? Como pode o amor ter ficado para traz como algo desnecessário, deixando de exercer um papel tão fundamental?
Ao final da minha reflexão uma frase fica cravada em meu coração:
Somente quando o amor de Cristo for o princípio, alcançaremos a ordem e o progresso.