segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Neymar na fita

Os três finalistas do Fifa Bola de Ouro 2015

Por Marcio Souza

A Fifa divulgou hoje, 30, os três finalistas do prêmio Bola de Ouro 2015. A presença de Messi
e Cristiano Ronaldo não é mais surpresa pra ninguém, pois polarizam a disputa desde 2008. Neymar é a novidade deste ano no certame.

É claro que Messi e Cristiano Ronaldo estão no topo há mais tempo do que o brasileiro, isso pode pesar na balança da eleição, porém, na atual temporada, Neymar está sendo impecável, jogando em alto nível, a meu ver, um pouco acima de seus concorrentes, além de liderar a artilharia do Campeonato Espanhol até o momento, com 14 gols. Em terra de Messi e CR7, isso é um grande feito.

Na companhia de Messi, faz parte do trio de atacantes que encanta o mundo, o trio MSN (Messi, Suárez e Neymar), ganharam tudo que disputaram na temporada passada, o brasileiro foi artilheiro da última Liga dos Campeões da Europa, juntamente com Messi e Cristiano Ronaldo, ambos fizeram 10 gols. Ou seja, cacife para a disputa o garoto tem, resta saber se os votantes vão levar em conta tudo isso.

Foram longos oito anos distante dos três melhores do mundo, o último representante brasileiro foi Kaká, lá em 2007, mesmo assim, o Brasil segue como o país que mais contribuiu com jogadores agraciados com a Bola de Ouro da Fifa, oito títulos no total (três de Ronaldo Fenômeno, dois de Ronaldinho Gaúcho, um de Romário, um de Rivaldo e um de Kaká). Dia 11 de janeiro, o Brasil estará torcendo para Neymar trazer o nono caneco, e com certeza, vai torcer também para o garoto subir mais um degrau e chagar cada vez mais próximo do hall dos monstros do futebol, onde Messi e Cristiano Ronaldo já gravaram seus respectivos nomes.

Boa sorte, Neymar!

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Corinthians enfim, solta o grito de hexacampeão



Por Marcio Souza

O campeão brasileiro 2015 já era conhecido até mesmo por aqueles que não curtem o futebol, era explícito. Mas por questões matemáticas e probalísticas, só ontem, em São Januário,  no empate contra o Vasco (1x1) e com a derrota do Atlético MG para o São Paulo, no Morumbi (4x2), os corintianos puderam soltar o grito que estava engasgado em suas gargantas há exatos 12 dias. Uma eternidade para o “bando de loucos”.

Favorecimento da arbitragem, sorte, macumba, pacto com o diabo... nada disso, foi pura e total competência de um time que se viu desacreditado após eliminação no paulista e posteriormente na libertadores, fato que estremeceu a relação Tite-Diretoria-Torcida, além da perda de nomes até então importantes no elenco, como Sheik e Guerrero, rumores fora de campo em relação a desmanche por conta de dividas e atrasos de salários.

Tudo levava a crer em um ano sem títulos, de reconstrução, de se contentar no máximo com uma vaga na libertadores 2016, por meio do Brasileirão, já que fora eliminado pelo Santos, nas oitavas da Copa do Brasil. Boas perspectivas? Impossível, não.

Entretanto, no meio de tudo isso existe a figura de Tite, aquele que sabe como ninguém se fechar para os bombardeios e descrédito de grande parte da torcida e da mídia, e trazer consigo todo o time, talvez sua maior virtude.

Como em 2011, no pentacampeonato do Corinthians, eliminação no torneio continental, vice-campeonato paulista, perda de medalhões... não foram suficientes para abala-lo, seguiu em frente e mesmo com toda crítica, conseguiu dar um belo presente de fim de ano para a fiel.

Naquele ano a conquista não foi fácil, apenas na última rodada e com uma diferença de dois pontos, 71 a 69, para o vice-líder Vasco. Na temporada atual, o troféu veio com três rodadas de antecedência, 77 pontos, 23 vitórias, oito empates e apenas quatro derrotas, incríveis 12 pontos a frente do segundo colocado, Atlético-MG. O melhor ataque com 64 gols e a defesa menos vazada, 27 tentos no fundo das redes de Cássio. Campanha impecável e que pode se tornar a maior dos pontos-corridos, recorde que ainda pertence ao Cruzeiro, com 80 pontos na temporada passada, bastam duas vitórias restando três rodadas para o termino do campeonato.

Uma frase que publiquei ontem nas redes sociais tem tudo a ver com esse belo momento, mais um, vivido pela equipe e Tite: "O Corinthians descobriu a combinação perfeita. Tite e eliminação precoce na libertadores é igual a título brasileiro no fim do ano" 

Tite possui participação gigantesca no hexa corintiano, mas não podemos esquecer aqueles que carregam o piano dentro de campo, destaque para Cássio, Gil, Renato Augusto, Elias, Jadson, Malcom e o contestado Vagner Love, quem diria.

A fiel sonha com a sequência do roteiro, libertadores e mundial já fazem parte do imaginário do “bando de loucos”, contudo, essa possibilidade é para o ano que vem. É momento de curtir o hexacampeonato, festejar, afinal, existe comemoração melhor do quê em Itaquera e por que não com uma vitória sobre o rival São Paulo? Eu sei que a resposta é sim, o Palmeiras seria o adversário e rival ideal, mas tenho certeza que não será menos saboroso. E mesmo com uma possível derrota para o time do Morumbi e uma eventual “água no chopp corintiano”, a festa vai ser linda, sem sombra de dúvidas. E no mais...

Parabéns, Corinthians!

Foto: Site Espn.



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Marcelo Oliveira: um novo super técnico?

Marcelo Oliveira


Por Marcio Souza


O nosso país possui diversos “super técnicos”, ou seja, aqueles multicampeões, com salários astronômicos e não menos arrogantes. É certo que alguns estão aquém dos seus áureos tempos, como Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho, outros, a mídia impôs esse rótulo, é o caso de Abel Braga e Mano Menezes. Sem contar os semideuses dos técnicos tupiniquins, o pentacampeão Felipão, que foi enxotado dessa categoria, após os 10 x 1 (Alemanha e Holanda), da última copa, o outro semideus é o saudoso Telê Santana.

De 2010 pra cá, felizmente, vimos o surgimento de dois nomes, talvez os melhores dos últimos tempos. Tite, atualmente treinador do Corinthians e que tenho a leve impressão de que será o futuro técnico da Seleção brasileira, e Marcelo Oliveira, que dirige o Palmeiras.

Feito esse breve contexto geral, separei o último nome da lista, Marcelo Oliveira, para fazer uma espécie de linha do tempo do ex- jogador como técnico de futebol, em especial de 2010 a 2015, e responder a pergunta mestra do título deste post: Marcelo Oliveira pode ser considerado um novo super técnico brasileiro? Vejamos.

Até outubro de 2010, Marcelo Oliveira era um técnico desconhecido do grande público, intercalando passagens por times como CRB, Atlético Mineiro, Paraná Club, entre outros. Em novembro do mesmo ano foi contratado pelo Coritiba, a partir daí seu nome ficara um pouco mais conhecido, principalmente após levar o time paranaense a duas finais da Copa do Brasil seguidas, 2011 contra o Vasco e 2012 contra o Palmeiras, onde foi vice-campeão em ambas.

Em setembro de 2012, sua história no coxa branca acaba. Chegou ao Vasco, sua pior fase, passagem rápida e maus resultados.

2013 se inicia. Novo clube, agora no Cruzeiro, além do pé atrás da torcida, por seu passado como jogador do maior rival, Atlético – MG, a contestação continuava por parte da mídia, afinal, quando Marcelo Oliveira vai ganhar um título? A resposta veio no fim do ano, campeão brasileiro de forma esplêndida, sem chance para os adversários. Fato que se repetiu em 2014, ano em que chegou também a final da Copa do Brasil, a terceira de sua carreira como treinador, e como nas tentativas anteriores, foi derrotado, dessa vez com um quê de crueldade, já que o adversário era o galo, seu ex-clube quando jogador e principal rival da raposa.

Depois de anos quase seguidos de finais e glórias, 2015 se apresentava como atípico para a sua recente história. Saiu do time mineiro e foi contratado pelo palmeiras, seu algoz em 2012, naquela final da Copa do Brasil no Couto Pereira. Título esse ano era tido como impossível, mas como costumo dizer: no futebol o impossível é quase sempre liquidado, e eis que Marcelo Chega a mais uma final de Copa do Brasil, a quarta em cinco anos, será que agora o enredo terá final feliz, a sina de vice nessa competição vai ter fim? Será que vão, enfim, colocá-lo no clube dos super técnicos? Caso saia campeão, talvez sim, do contrário, dará combustível para aqueles que teimam em deixa-lo de fora dessa seara. Para eles, como sempre, falta alguma coisa, falta ser campeão da Copa do Brasil, da Libertadores, do Mundial...

Para mim, ele já é um super técnico, pois ser bicampeão brasileiro na era dos pontos corridos e disputar quatro finais de Copa do Brasil em cinco anos não é para qualquer um. E reitero, há nomes nesse clube que não chegam se quer aos pés de Marcelo Oliveira.

Foto: Globoesporte.com