quinta-feira, 30 de julho de 2015

Noite de Pratto no Mineirão e de vitória do Timão em Itaquera

Por Marcio Souza

A 16a rodada do Brasileirão 2015 será longa. Começou ontem, tem sequência no sábado e o seu término no domingo. A contar pelos dois primeiros jogos a tendência é comemorar muitos gols.

Que assim seja!!

Na capital mineira, o Atlético, líder do campeonato, recebeu o São Paulo, quinto colocado na tabela. Já em Itaquera, o Corinthians, vice-líder, recebeu o desesperado Vasco.

Em um Mineirão lotado, com 47.606 pagantes, o SPFC começou bem, dominou os primeiros minutos do jogo e parecia não sentir a pressão vinda das arquibancadas, mas o domínio não resultou em gols, graças também à grande partida do goleiro Victor do Atlético, com isso, a velha máxima do futebol, de quem não faz, leva, se fez presente no jogo em minas. Lucas Pratto, atacante do time mineiro, foi eficiente, diferente do ataque rival, e anotou três gols, todos no primeiro tempo, aos 19, aos 25 e aos 43 minutos. Alexandre Pato descontou para o tricolor paulista aos 13 minutos da segunda etapa. O São Paulo continua com sua instabilidade, Osório já está passando da hora de encaixar o time, se continuar assim, logo, logo volta para a Colômbia. Pratto além de sair do Mineirão como a estrela da noite, levou seu time a 11ª vitória no Brasileirão, mantendo o galo na liderança do campeonato, com 35 pontos.

Dois pontos a mais que o vice-líder Corinthians, com 33 pontos, que fez o que se previa e despejou mais uma derrota na mala do visitante Vasco, em Itaquera com 30. 340 pagantes. O time da colina segurou enquanto pôde as investidas do Timão na primeira etapa, mas a retranca foi furada logo no primeiro minuto do segundo tempo, com passe sem querer de Elias, Renato Augusto abriu o placar, a partir daí a superioridade se chamava Corinthians, que aumentou com um belíssimo gol do zagueiro Gil, aos 15 minutos e fez o terceiro com Elias, aos 31 minutos da etapa final. Ao Vasco restou alguns arremates perigosos ao gol do adversário e agradecer aos céus o chute de Uendel, defendido pelo goleiro cruzmaltino. A situação em São Januário está ficando insustentável. Eurico precisa descer do pedestal e ir atrás do tal respeito que ele tanto falou no primeiro semestre, principalmente após o título carioca. Acho que o famoso respeito não foi convidado para o Campeonato Brasileiro. A camisa e os torcedores do Vasco merecem no mínimo uma resposta digna da história e tradição do clube. O Corinthians, diferente do rival carioca, mesmo com o desmanche feito após a eliminação da Libertadores, onde todos pediam a cabeça de Tite, mostra que está na briga, e talvez, eu digo talvez, possa ser o único a brigar de igual para igual com o Atlético mineiro pelo título brasileiro.

Maaas... muita água e técnicos vão rolar até a 38a  rodada.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

15a rodada do Brasileirão

Por Marcio Souza

Neste fim de semana a bola rola pela 15a rodada do Brasileirão 2015, a briga continua boa, tanto na parte de cima, quanto na zona da degola.
A rodada tem início no sábado, às 18h30min, na ressacada, em Florianópolis, com Avaí e Atlético PR. O time catarinense busca se distanciar da parte de baixo da tabela, já o paranaense almeja o contrário, não perder contato com o G4.

Na arena do Grêmio, às 19h30min, o jogo com as melhores expectativas do sábado, afinal, Grêmio e Sport lutam para estar no grupo dos quatro primeiros, posto que o time gaúcho perdeu na última rodada após derrota para o flamengo no rio, e que o time nordestino assumiu com a vitória sobre o São Paulo. Aliás, caso o Sport consiga vencer no sul e os times que estão à sua frente perderem, a equipe pernambucana terminará a rodada como novo líder.

Mas o galo mineiro que joga no mesmo dia, às 21 horas, no independência, não pretende dar essa colher de chá para os leões pernambucanos, têm uma jornada mais tranquila contra o Figueirense. O time mineiro possui uma chance de ouro para poder se desgarrar dos atuais concorrentes, pois Corinthians e Fluminense viajam para jogar fora de seus domínios e vão enfrentar pedreiras no domingo.

O time carioca vai até Chapecó enfrentar a Chapecoense, às 11h, do domingo. Jogo duro, porque o time do oeste catarinense vem fazendo boa campanha, principalmente nos jogos em casa. Já o time paulista vai até a capital paranaense enfrentar o Coritiba, às 16h. Em uma análise rápida, um jogo um tanto quanto complicado para a equipe de Itaquera, mas como o Tite sabe jogar nessas condições, pode conseguir um bom resultado. Para o coxa branca só resta pensar na vitória para não afundar ainda mais na zona do rebaixamento.

Também no domingo, um jogo para o Santos sair da zona da degola. O time da baixada santista enfrenta o Joinville, às 11h, na Vila Belmiro. Podemos chamar de "rodada bônus para o peixe.

A saída do Santos do Z4 vai depender do jogo em Goiânia, onde o Goiás enfrenta o time do "Guerrero/Sheik e mais 9", conhecido como Flamengo, também às 16h. O time do serrado está à perigo, na 16ª posição, tipo aquela bola morta da sinuca esperando o cara encaçapar, perdeu entrou na zona. Situação não tão diferente vive o rubro-negro carioca, três pontos separa o Fla do primeiro time da zona de rebaixamento, precisa da vitória para respirar por mais uma rodada, e dependendo dos resultados se distanciar ainda mais da confusão. Resta saber se Cristóvão Borges aprendeu a fazer substituição ao longo da partida, porque deve dar calafrios no torcedor rubro-negro quando o repórter diz que vêm mudança no Flamengo.

A Ponte Preta, às 16h, no Moisés Lucarelli, recebe o Inter, eliminado de maneira traumática da Libertadores, tentando tirar uma casquinha da fase ruim do time gaúcho e voltar a vencer no Brasileirão.

Já o São Paulo quer esquecer as expulsões da última rodada em Recife, contra o Sport e recebe o Cruzeiro, às 16h, no Morumbi. O tricolor paulista vive como se fosse uma montanha-russa, faz uma bela apresentação numa rodada e na seguinte despenca, o que resume esse sobe e desce do time de Osório, que por sinal, deve ter pego umas aulinhas com o Luis Fabiano de como ser expulso. Já o atual campeão brasileiro está de ressaca do bi-campeonato, oscila no meio da tabela, Luxa ainda não achou o "pojeto" perfeito para tirar a raposa dessa inércia.


Por fim, às 18:30, em São Januário, clássico entre dois tetra-campeões do Brasileirão. Vasco e Palmeiras se enfrentam com objetivos distintos. O time cruzmaltino tenta sair desesperadamente da zona de rebaixamento, acredito que com os reforços vai conseguir, houve melhora no time. Se continuar jogando como no clássico contra o Flu na última rodada e no jogo contra o América - RN pela Copa do Brasil , o sofrimento da torcida vai diminuir. Já o verdão busca colar mais ainda no G4, com possibilidade até de entrar no seleto grupo ao fim da rodada. Vive momentos de calmaria, Marcelo Oliveira chegou e encaixou o time. Com vitórias convincentes a torcida vive em lua de mel com a equipe. A principio, belo jogo para por fim a rodada.

Confira a situação do seu time no Brasileirão 2015.

Fonte classificação: Globoesporte.com




segunda-feira, 20 de julho de 2015

Quando Fred vai saber perder?

Por Márcio Souza

Que Fred, centroavante do Fluminense, é um dos melhores em sua posição no futebol brasileiro nos últimos anos, isso não tenho dúvidas. Mas me pergunto: quando ele vai aceitar o revés do seu time?

O artilheiro virou quase um semideus nas laranjeiras, demite e admite técnicos,  possui voz ativa entre os jogadores e não menos com a diretoria do clube, além do respaldo com a torcida, ou seja, manda e desmanda no mundo tricolor.

Não é de hoje que as derrotas do Fluminense, nas palavras do jogador, são colocadas na conta da arbitragem, do gramado, da FFERJ ou da CBF, claro que em alguns casos, principalmente no tocante à Federação de Futebol do Rio e da CBF há alguma coerência, pois bagunça e má-organização são sinônimos das duas entidades.  


No clássico carioca de ontem aconteceu mais um showzinho de Fred, sobrou até para o repórter do Sportv, Raphael De Angeli, ao perguntar sobre a discussão entre o jogador tricolor e Rodrigo, zagueiro do Vasco, o atacante foi contundente e grosseiro em sua resposta: “você não sabe fazer uma pergunta”. Me desculpe Fred, mas essa seria a pergunta a ser feita.  Na verdade, houve excessos de ambos durante o jogo, mas Fred  foi anulado cirurgicamente pelo marcador cruzmaltino, me lembrou tempos de copa 2014, não viu a bola. Talvez o motivo de tanta falta de respeito com um profissional tenha sido pela sua baixa atuação no clássico..


Que o time não tome as dores de seu capitão, siga com a boa campanha no campeonato, e Fred comece a entender que futebol é feito de vitórias e derrotas, e acima de tudo, possa reconhecer a qualidade dos adversários nas derrotas de seu time. Quem sabe com a chegada de Ronaldinho Gaúcho isso possa acontecer, afinal, os holofotes vão estar divididos. Nem sempre a arbitragem, o gramado, a federação, a CBF, a FIFA, ou o gandula interferem no resultado, mude a trilha sonora, Frederico. Já deu!

Ps: Antes de postar o texto acima vi que o atacante do Fluminense pediu desculpas ao repórter Raphael de Angeli, por meio de sua página oficial no facebook. (ver retratação do jogador)

Fonte vídeos: GloboEsporte.com 


quinta-feira, 16 de julho de 2015

AVANTE ESTRELÃO

Por Marcio Souza

A Serie D para o futebol acreano começa no próximo dia 18, às 14h (horário do Acre), na Arena verde, em Paragominas interior do Pará, contra o Clube do Remo. O Rio Branco Futebol Clube, o popular "Estrelão", por ser o campeão estadual em 2015 será o representante do Acre na competição nacional. (ver tabela Serie D 2015)
No grupo são quatro campeões estaduais: Nacional (campeão amazonense); Naútico (campeão roraimense); Remo (Campeão paraense); Rio Branco (campeão acreano) e o Vilhena, o único dos cinco clubes que não ganhou título no primeiro semestre. Um grupo difícil e com grandes times, mas ser campeão estadual nos dias atuais não é parâmetro para se ter boa campanha em competições nacionais, temos vários exemplos, entre esses, destaque para Vasco e Santos na Serie A. 
Na minha humilde e não tão especializada opinião, as chances do time acreano avançar para a segunda fase do campeonato são grandes. Mesmo com a perda de seu principal goleador na temporada, Alexandre Matão, com 15 gols, a equipe possui bons jogadores, entrosamento e um técnico promissor, basta o trabalho continuar encaixado e dar liga é claro. Aliás deixo aqui meus parabéns à diretoria do Rio Branco, que não se deixou levar pelas pedidas do centroavante, dignas do “Mundo Árabe”. Apartamento, carro, luvas?? Alô Matão, estamos no Acre! E olha que a torcida alvirrubra nem gritou: “ Iiíííí Iiííí Iiííí... Matão é melhor que Messi".
Brincadeiras a parte, a diretoria estrelada foi rápida e contratou Giancarlo, ex ferroviário – CE; Treze – PB; Vitória – BA; e que atualmente estava no Macaé do Rio de Janeiro. Giancarlo foi um dos maiores goleadores do Brasil na temporada 2013. (Prêmio Arthur Friedenrich 2013)

Que seu faro de gol volte a ser aguçado, assim como em 2013 e nos traga muitas alegrias.

Acredito que o caminho das pedras para o estrelão é o óbvio: vencer seus jogos em casa e tentar arrancar pontos fora, principalmente contra Náutico de Roraima e Vilhena de Rondônia, ao meu ver as duas equipes mais fracas do grupo. Se levarmos em conta a temporada passada, 20 pontos me parece ideal para chegar às oitavas, e aí leitor, é mata-mata.
Com uma boa campanha tenho convicção que à arena da floresta estará lotada, assim como nos áureos tempos de Serie C, láaa... em 2007, 2008  e 2009. E torcida é fundamental!
Que nesta temporada o roteiro seja outro e favorável para nós acreanos, já está mais do que na hora de ter um representante do Acre de voltar a Serie C, e assim, buscar vôos mais altos no cenário do futebol nacional. Por que não sonhar com uma Serie B ou até mesmo uma Serie A? ok, voltemos a nossa realidade. O objetivo é chegar pelo menos entre os quatro semifinalistas e com isso conseguir o acesso. O caminho é longo, difícil, mas no futebol o impossível na maioria das vezes não existe e os sonhos, aqueles que citei acima, aliado com planejamento e boa gestão, se tornam realidade quando menos se espera.

Avante Estrelão!!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

AFINAL, O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A SELEÇÃO BRASILEIRA?

Por Márcio Souza

Nós brasileiros estamos feridos, não só pela crise na nossa política ou na economia, mas também pela situação que se encontra a nossa paixão nacional: o futebol.
Principalmente após o inesquecível 7x1 para a seleção da Alemanha na copa do mundo passada, e que hoje completa um ano, dor agravada com a pífia participação na Copa América que acaba de ser disputada. Em pensar que temos uma Eliminatória para a Copa da Rússia em 2018, será que o sofrimento não vai ter fim?
Quando os cartolas da Confederação Brasileira de Futebol vão perder a arrogância e perceber que, atualmente, no futebol mundial, não olhamos mais de cima para baixo? A configuração se inverteu, estamos em posição submissa e o primeiro passo para mudar isso é assumir nosso novo papel no futebol. Aprendemos a ser os melhores, mas reconhecer que não somos mais o número um é mais complicado. Um dia, cedo ou tarde, se desce do pedestal, a hora chegou.
Calma, ao meu ver não é o apocalipse do futebol brasileiro, isso que está acontecendo conosco é mais frequente do que imaginamos. A seleção brasileira vive hoje o que é normal em outras seleções, seja ela do G8* ou não, é a famosa entressafra, o qual nomeio de ’hiato de geração’. Esse período acontece quando há uma mudança de geração para outra, uma espécie de troca de bastão, é nesse momento em que há também a mudança no papel de protagonista e coadjuvante no futebol mundial, pois é muito difícil engatar duas gerações muito boas e que mantenha seu padrão de jogo.
Acredito que a exceção tinha o nome de Brasil. De 1958 (ano do primeiro título mundial) até 2006 (o fim da geração do tetra e do penta), a seleção brasileira desconhecia o que seria o “hiato de geração”. De lá até a copa da Alemanha não houve um período tão escasso de talento individual e coletivo, situação vivida pelas demais seleções. Vejamos: fim da era Pelé, começo da era Zico; em seguida veio a de Dunga e seu maior expoente, Romário; logo depois o menino de Bento Ribeiro emergiu, Ronaldo o “Fenômeno” e sua trupe, Roberto Carlos, Rivaldo, Cafu e Ronaldinho Gaúcho. Quatro gerações e cinco campeonatos mundiais, 48 anos de glória, com isso fomos agraciados com o título que mais nos dava orgulho, o de ‘País do futebol’, com participação efetiva de nomes para melhores jogadores no prêmio da FIFA, e o posto de número um em um ranking que não concordo, para mim o critério tinha que ser títulos mundiais e relevantes participações em copas.
A Linha sucessória continuava, é chegada a hora de Adriano, Kaká, Ronaldinho Gaúcho (remanescente do pentacampeonato) e Robinho. Imperador; dois melhores do mundo e o menino das pedaladas, tinha tudo para ser mais uma geração de ouro, mas foi aí que a roda do futebol brasileiro foi quebrada, no instante em que suas vidas fora de campo se tornou mais atraente, mais presente em capas de jornais do que o futebol praticado por ambos, a perda do padrão de jogo da seleção brasileira foi total. Nos vimos obrigados a avançar precocemente para a geração que deveria ter início após a copa de 2014, e essa infelizmente não é boa, salvo o garoto Neymar, deu no que deu.
Tenho esperança em um futuro melhor, visto no futebol apresentado pela seleção sub-20 na Copa do Mundo da categoria, disputada em junho, na Nova Zelândia e onde o Brasil chegou na final, tudo bem, saiu derrotado, mas a rapaziada tem futebol, aquele parecido com o que nos levou ao topo, lembra?
Espero que trilhem o caminho correto e que a comissão técnica da CBF acompanhe e dê chance para que adquiram experiência, podendo com isso nos presentear com uma copa do mundo no futuro, a espera pode durar mais três anos, até 2018, ou quem sabe 24 anos, mas que seja um trabalho bem feito, com planejamento, algo que as seleções que estão hoje no topo, trabalham muito bem, e que a linha sucessória da seleção brasileira volte ao seu plano normal, o do talento, do futebol arte, bem jogado e que nos dava gosto de assistir.
Com isso, talvez podemos readquirir o título que é nosso por direito conquistado, o de “país do futebol”.

*G8 é o que chamo de: O grupo das seleções campeãs do mundo. Brasil; Alemanha; Itália; Argentina; Uruguai; Espanha; França e Inglaterra.