Por Marcio Souza
O campeão brasileiro 2015 já era conhecido até mesmo por
aqueles que não curtem o futebol, era explícito. Mas por questões matemáticas e
probalísticas, só ontem, em São Januário, no empate contra o Vasco (1x1) e com a derrota do Atlético MG para o São Paulo, no Morumbi (4x2), os corintianos
puderam soltar o grito que estava engasgado em suas gargantas há exatos 12
dias. Uma eternidade para o “bando de loucos”.
Favorecimento da arbitragem, sorte, macumba, pacto com o
diabo... nada disso, foi pura e total competência de um time que se viu
desacreditado após eliminação no paulista e posteriormente na libertadores,
fato que estremeceu a relação Tite-Diretoria-Torcida, além da perda de nomes até
então importantes no elenco, como Sheik e Guerrero, rumores fora de campo em
relação a desmanche por conta de dividas e atrasos de salários.
Tudo levava a crer em um ano sem títulos, de reconstrução,
de se contentar no máximo com uma vaga na libertadores 2016, por meio do
Brasileirão, já que fora eliminado pelo Santos, nas oitavas da Copa do Brasil.
Boas perspectivas? Impossível, não.
Entretanto, no meio de tudo isso existe a figura de Tite,
aquele que sabe como ninguém se fechar para os bombardeios e descrédito de
grande parte da torcida e da mídia, e trazer consigo todo o time, talvez sua
maior virtude.
Como em 2011, no pentacampeonato do Corinthians, eliminação
no torneio continental, vice-campeonato paulista, perda de medalhões... não foram
suficientes para abala-lo, seguiu em frente e mesmo com toda crítica, conseguiu
dar um belo presente de fim de ano para a fiel.
Naquele ano a conquista não foi fácil, apenas na última
rodada e com uma diferença de dois pontos, 71 a 69, para o vice-líder Vasco. Na
temporada atual, o troféu veio com três rodadas de antecedência, 77 pontos, 23
vitórias, oito empates e apenas quatro derrotas, incríveis 12 pontos a frente do segundo colocado, Atlético-MG. O melhor ataque com 64 gols e
a defesa menos vazada, 27 tentos no fundo das redes de Cássio. Campanha impecável
e que pode se tornar a maior dos pontos-corridos, recorde que ainda pertence ao
Cruzeiro, com 80 pontos na temporada passada, bastam duas vitórias restando três rodadas para o termino do campeonato.
Uma frase que publiquei ontem nas redes sociais tem tudo a
ver com esse belo momento, mais um, vivido pela equipe e Tite: "O Corinthians
descobriu a combinação perfeita. Tite e eliminação precoce na libertadores é
igual a título brasileiro no fim do ano"
Tite possui participação gigantesca no hexa corintiano, mas
não podemos esquecer aqueles que carregam o piano dentro de campo, destaque
para Cássio, Gil, Renato Augusto, Elias, Jadson, Malcom e o contestado Vagner
Love, quem diria.
A fiel sonha com a sequência do roteiro, libertadores e
mundial já fazem parte do imaginário do “bando de loucos”, contudo, essa
possibilidade é para o ano que vem. É momento de curtir o hexacampeonato, festejar,
afinal, existe comemoração melhor do quê em Itaquera e por que não com uma
vitória sobre o rival São Paulo? Eu sei que a resposta é sim, o Palmeiras seria
o adversário e rival ideal, mas tenho certeza que não será menos saboroso. E
mesmo com uma possível derrota para o time do Morumbi e uma eventual “água no
chopp corintiano”, a festa vai ser linda, sem sombra de dúvidas. E no mais...
Parabéns, Corinthians!
Foto: Site Espn.
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